MEU BOM JOSÉ! *

Imensa turvação... Ó claridade,

Por piedade! O meu bom José delira.

Um vulto, no seu leito em sociedade,

De abraços ocos vem vibrar-lhe a lira.

Nos lençóis eruditos dessa alcova,

Marias só são feitas de bemóis.

Hás de ouvi-las por quantas pedras movas,

Que amassam o teu pão com grãos de sóis.

Um arco te feriu quando em viagem,

Que tornas a engolir e a mastigar?

Que desonra, ao descer da carruagem,

Revelada, entre o séquito de Cristo,

A harpa, com a missão de te curar:

Provar que tu, José, eras bem quisto!

Canoas/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 07/03/2012
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T3541242
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