MEU BOM JOSÉ! *
Imensa turvação... Ó claridade,
Por piedade! O meu bom José delira.
Um vulto, no seu leito em sociedade,
De abraços ocos vem vibrar-lhe a lira.
Nos lençóis eruditos dessa alcova,
Marias só são feitas de bemóis.
Hás de ouvi-las por quantas pedras movas,
Que amassam o teu pão com grãos de sóis.
Um arco te feriu quando em viagem,
Que tornas a engolir e a mastigar?
Que desonra, ao descer da carruagem,
Revelada, entre o séquito de Cristo,
A harpa, com a missão de te curar:
Provar que tu, José, eras bem quisto!
Canoas/RS