Um dia serei um morto

Um dia serei nada mais - um morto

A vida passa, mas a terra fica

A sepultura é quem me indica

A tão funérea vida sob o horto

O tempo é o mestre que nos mata

Pouco a pouco, a planta vai secando

Não sei a hora, nem sei quando

Chegará o dia deste nefelibata

Saturno será nosso mestre e guia

Em nossa misteriosa jornada

Pudera eu neste fúnebre dia

Abrir-me os olhos ao raiar da manhã

Que me aguarda nesta hora dourada

Pois tudo pra trás era vida vã.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 11/03/2012
Código do texto: T3547662
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