A moça na janela

Esbelta, linda, com um olhar profundo

No peitoril da janela debruçada...

Eu, timorato, à distância a vislumbro

Imerso numa paixão desenfreada

Quisera fosse uma feliz realidade

Esta sensação que sinto dentro do peito

Que me deixa um gostinho de saudade

E a me perguntar se amar assim é direito

Distante, ainda assim, eu me contento...

Pois, mesmo não a tendo materializada

Eu a tenho em pensamento

Nessa paixão incontrolável e imensa

Em que não há recíproca verdadeira

Eu me indago: amar desta forma compensa?

Valmari Nogueira
Enviado por Valmari Nogueira em 12/03/2012
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