Um desconhecido

Mais um rosto desconhecido,

É qualquer um, feio ou bonito.

Um rosto desdenhado e esquecido,

Que trás nos olhos o infinito.

Guarda dores de todos os mortais,

Vive como tu vives, vaga assim

Com os mesmos sonhos anormais,

Como se a vida não tivesse fim.

Um rosto anônimo e sofrido,

Que nunca foi desvendado,

Com um olhar meio aturdido.

Mais um na multidão, atarefado,

Nesse mar de gente, mar de almas,

Que leva consigo o mesmo fado.

Dianaluz
Enviado por Dianaluz em 23/01/2007
Reeditado em 24/01/2007
Código do texto: T355820
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