PODERIA...

PODERIA...

Poderia ter sido muito bela

a viagem traçada, assim, do nada.

Já não era tão nova a madrugada,

pois já banhava, o sol, minha janela.

O futuro iludia, em grande tela,

que seria feliz minha jornada;

muitas flores plantadas nessa estrada

até então, tão simples, tão singela.

Não me falou, o vento, da poeira...

Não me falou, a chuva, que era fria...

Ninguém me disse: a lua é zombeteira...

Nem sempre, lá do céu, a lua espia.

Restou-me o duro chão, essa pedreira.

Porém, me ajuda, o mel da poesia.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 18/03/2012
Código do texto: T3560807
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