LINDA CIGANA
LINDA CIGANA
Tenho medo de amar, sou tão ternura...
Um coração sensível a toda prova,
mas o amor quando chega me renova.
Basta chegar com calma, com brandura.
Sou amoroso e manso, criatura.
Se você olhar bem, você me aprova.
Vou festejá-la com soneto ou trova...
No coração não tenho fechadura.
Ao seu menor sinal eu me derreto,
ajoelho aos seus pés, linda cigana!
E, assim, escravo seu, fiel, prometo
tratá-la, sempre, como soberana
e uma canção, alegre, no coreto
eu cantarei cada fim de semana.