MISSÃO




Sobre o futuro – ninguém o soube –
pousou a mulher de branco
num marfim de neve e encanto,
e, inexorável, determinou-me:


Oh, homem pagão e impuro,
celebra um século em meu louvor!
Instrumento de guia futuro,
grafa-me densos versos de amor.



Ah, mulher de meigo branco,
faz-me a pedra e não me roubes
quantas de minhas incógnitas!


(As poesias, entretanto,
perfilaram-se insólitas
- delas, ninguém soube).



Poema integrante do livro "Gênese de Poemas InVersos".

Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 22/03/2012
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