Soberana formosura

Quem és tu que passais

Assim tão leve, sem prece e solta

Num feixe de néon que a tudo luminais?

Quem és tu que me deixa a voz tão rouca?

Quem és tu, cuja doce ternura,

Involatiza-me a aproximação singela

E bobo eu tremulo frente a face bela

Tolo, sem palavras, sem ação, sequer mesura!

Como ouso ao peito carregar carinho

Sensações intraduzíveis e dilacerantes

Se todo desconcerto agora já me desfigura?

Quem és tu que cruzaste meu caminho

Ó donzela de lisuras fascinantes

Soberana da mais rara formosura?

lucheco
Enviado por lucheco em 24/01/2007
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