PANCADÃO

          “Observe, por exemplo, a mediocridade da sociedade atual, que valoriza canções que emburressem os ouvintes. Vivemos na geração da ‘eguinha pocotó’ e das cachorras. E poucos percebem que a mulher está sendo chamada de quadrúpede, cachorra ou égua”. E terminou: ‘Engolem isso sem o mínimo senso crítico. Não creio em outro mal fora esse. Pegue um grupo de pessoas e analise uma letra do Chico Buarque ou Caetano Veloso, por exemplo, e você ouvirá o comentário: “eu não tinha percebido que essa música dizia isso. ’ A maioria não consegue mais pensar porque não filtram o que ouvem.”

Marcos Cipulo, prof. e músico dr. em psicologia da personalidade UNIBAN. – Folha Universitária. Ed 280. – Jornal da Universidade de São Paulo. UNIBAN de 19 a 25 de Setembro de 2005.


 
Um neurônio se vai ao pancadão,
Aos poucos o pensar se esmorece,
Enquanto na estante apodrece,
A fonte do saber um livro vão...

Vai se formando a nova geração,
Com uma mente em que tudo se esquece,
No toque que apenas emburrece,
Do pocotó ao “Bonde do Tigrão...


A degenerescência cultural,
A perda do parâmetro moral,
Parece ser as leis – serem fomentos...


Na Era das cachorras – periguetes,
As popozudas jogam seus confetes,
Pra geração de asnos e jumentos...

 
24 de março de 2012, 07: 40

http://www.odiario.com/blogs/trivial/2012/03/20/a-culpa-nao-e-do-funk/

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 24/03/2012
Reeditado em 25/03/2012
Código do texto: T3573657
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