RÓSEO
 
 

 
Põe um tom ímpar, diferente e róseo
colorir-me com um sopro a artéria do destino
e tornar-me correnteza num painel fóssil:
- o sinal do sangue refeito mais menino.
 
 
Rosa novo, porvindouro rosa, rosa-de-liz!
A vida repleta de praça, e pardais, e alecrim,
e banda de fanfarra, e tiros de festim...
A vida mais prenha de sol: o rosa aprendiz.
  
 
Nuança de carne, a recém-criança!
Rosa e rabisco – rosa-esperança -,
rósea escritura com traçados de giz.
 
 
O pardo arco-íris no céu passado
e sobretudo o véu de um reino rosado,
despido dos pejos de amor por este País.


Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 26/03/2012
Código do texto: T3577425
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