ANIS
 
 
 
Fitemos, supostamente, uma régua
disposta horizontal indicando o sul,
como mágica nos untasse num globo azul
que voasse um céu suposto, indecifrável légua...
 
 
Fitemos azuis além, como andássemos
tão íntimos, como deles surgíssemos.
Pois, ambos também azuis máximos,
tornamo-nos vívidos em azuis puríssimos.
 
 
 
Fitemos o azul-antigo de um retrato sequer,
o azul-homem no íntimo do azul-mulher:
- sonhos azuis, azuis quimeras, quimeras sutis!
 
 
Outra cor não há quanto o tom da esperança.
Pois fitemos o azul-novo de inovada nuança:
colorem-nos azuis os nossos mundos de anis.

Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 27/03/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3579770
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