Um instante de vida no meu quarto
Vejo-me só num átimo de tempo
Olhos ao meu redor – imagens paradas
Penso o que fazer, mas não faço nada
Surfo nos vagalhões do pensamento
O vento no meu rosto preguiçoso
É como furacão para os meus cílios
Minha face é jardim de muitos lírios
Cantada pelo vento do meu gozo
Não há prazer somente em companhia
O silêncio do quarto refrigera
Pensares e sentires dos meus dias
O templo do poeta: escrivaninha
Das letras dos seus sonhos e quimeras
Viver como Camões, só quem caminha.