Desisto de ser poeta

Desisto do meu sonho-ser-poeta

Poeta cristão, mas também tristonho

Por não viver da pena do meu sonho

De ser um bardo, dado como meta

De que valem os versos e as rimas

Se as massas só querem versos vagos

Das músicas de fel e gosto amargo

Para quem, este ouvido, não se anima?

Desisto de cantar, meditabundo

As belezas do Cabo Bojador

De Fernando Pessoa no seu mundo

Desisto, desistindo, mas não dá

A pena fala e a mão sente dor

Pelo esforço de tanto escrevinhar.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 03/04/2012
Código do texto: T3591912
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