O vício do amor
O amor é como fosse um cão vadio,
que vira latas pelo mundo afora,
atrás dalgum vestígio do outrora,
enquanto a solidão entra no cio.
O amor é um costume doentio,
que com o passar do tempo vira vício,
e sofre, e se entrega ao sacrifício,
como um escravo faz ao senhorio.
O amor é como um verso que demora
a avisar que já passou da hora
de sepultar a dor da solidão.
E ainda que precise andar sozinho,
acolhe tantas dores no caminho,
que esquece a própria dor no coração.
O amor é como fosse um cão vadio,
que vira latas pelo mundo afora,
atrás dalgum vestígio do outrora,
enquanto a solidão entra no cio.
O amor é um costume doentio,
que com o passar do tempo vira vício,
e sofre, e se entrega ao sacrifício,
como um escravo faz ao senhorio.
O amor é como um verso que demora
a avisar que já passou da hora
de sepultar a dor da solidão.
E ainda que precise andar sozinho,
acolhe tantas dores no caminho,
que esquece a própria dor no coração.