PREMONIÇÃO
Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida.
Houve amigos; tudo para ser alegria
Leitures, trabalhos; a arte da poesia
Mas minh’alma está tristinha, combalida.
Pesou-me a solitude em cruel agonia
O peito doeu como sangrante ferida;
A alma num cantinho do meu ser encolhida
No ocaso do sol mais e mais se retraía.
Sei não, alguma causa há de ser, quiça antiga;
O perigo, talvez, de um sinistro intuísse
ou travo dia-a-dia de extremosa amiga.
A alma lembra sinais; é como se sentisse
As reais dores pungentes que a outrem periga
E num viso, que infunde receio, se abrisse
300312
Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida.
Houve amigos; tudo para ser alegria
Leitures, trabalhos; a arte da poesia
Mas minh’alma está tristinha, combalida.
Pesou-me a solitude em cruel agonia
O peito doeu como sangrante ferida;
A alma num cantinho do meu ser encolhida
No ocaso do sol mais e mais se retraía.
Sei não, alguma causa há de ser, quiça antiga;
O perigo, talvez, de um sinistro intuísse
ou travo dia-a-dia de extremosa amiga.
A alma lembra sinais; é como se sentisse
As reais dores pungentes que a outrem periga
E num viso, que infunde receio, se abrisse
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