MEUS ROSTOS
Já não tenho mais de outrora a beleza,
Qual na atração de amores foi ditosa;
Tenho apenas na lembrança a certeza,
Que dela é à saudade que falo em prosa.
O que tresporá o tempo é apenas a vida,
Não é a mente nem o coração plantado;
O meu semblante a vê, aqui percorrida,
Neste que sou eu, ainda que transformado.
Meu velho rosto..., eu porém, te prometo!
Que de ti o valor não foi esquecido;
É a saudade a lembrar neste soneto...,
...o tanto que eu fui por elas querido.
Jamais vou deixá-lo assim obsoleto,
Mas, sinto que de mim tenhas partido!