Soneto do amor desfeito

Na imensidão insana do meu peito

O coração quietou por uma fração de eternidade

Encantado com gesto e jeito

Sentindo-se dono por posse e propriedade.

No encontro das almas

O amor abraçou o medo

E fê-lo dormir em segredo

Na brevidade de alturas calmas.

Não mais se sabe seu legado

Já não o tem a pose

Já não o tem a posse

A reprimenda deita-se no leito do medo

Ansiosa para provar do fruto

Que em sua ausência fora semeado.

Leila Izar
Enviado por Leila Izar em 19/04/2012
Código do texto: T3622635
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