Soneto do amor desfeito
Na imensidão insana do meu peito
O coração quietou por uma fração de eternidade
Encantado com gesto e jeito
Sentindo-se dono por posse e propriedade.
No encontro das almas
O amor abraçou o medo
E fê-lo dormir em segredo
Na brevidade de alturas calmas.
Não mais se sabe seu legado
Já não o tem a pose
Já não o tem a posse
A reprimenda deita-se no leito do medo
Ansiosa para provar do fruto
Que em sua ausência fora semeado.