PROTESTO DE UMA ROSA

Como é triste essa rosa que eu carrego

na angústia arfante em minha dor...

Meu escuro inspirado em seu o amor

se afoga no pranto onde eu navego!

Um sepulcro sem luz! Esse é meu ego

não tem luz, não tem vida nem calor,

entesado nas trevas, seu candor

se esvai na amargura onde eu fumego!

Destroçado em meu peito, sem ter ternura,

farto a ânsia em terror que se enclausura

numa noite que aspira a doce aurora...

e nas pétalas de intensa comoção

rasga o choro pueril do coração

que em perfume se ruge e se devora...