SIRVA-SE
Sirva-se; são as minhas emoções,
São de alma e coração, há de gostar,
Têm sabor de prazer, vem degustar,
Provocam as melhores sensações.
Esqueça um pouco as tolas impressões
E, não diga nada antes de provar,
Saberei se gostou se suspirar
E se sorrir com ar de pretensões.
Sinta na língua o gosto tão somente,
Com os olhos fechados, sem temor,
Deixe fluir o doce suavemente.
Irá desabrochar qual uma flor,
Sentir o corpo inteiro muito ardente,
Pois elas... Recheei com muito amor.
(Luiz Moraes)
Grato, belíssima interação:
SIRVA-ME
Sacia-me a vontade, o apetite
Sirva-me com o sabor dos teus desejos
Doces qual os manjares de Afrodite
Do deleite do amor e de seus beijos
Traga-me a sensação que me incite
A querer degustar mais do que vejo
No perfume, o calor desse convite
No sonante sabor entre molejos...
Sirva-me ao paladar suas delícias
Deixa-me te provar sem pressa e medo
degustando-te assim suavemente
Quando ao saborear suas primícias
Descobrir que gostar é meu segredo
Vou servir-me de ti eternamente...
(Nina Costa)