VERSOS TRISTES

VERSOS TRISTES

Perdi meu rumo, a infância, a juventude.

Perdi a flor mais linda do jardim...

Mostrou-me, um dia, o amigo querubim,

a paz, porém, bem longe da virtude.

Perdi também. Ó Pai do Céu me ajude!

Só tenho zero no meu boletim?

Quando eu morrer, quem vai chorar por mim?

E quem transportará meu ataúde?

Pouco importa na lama eu ser deixado,

entre os perdidos eu serei achado

e declamada a minha poesia.

Minh’alma é lá do Céu, meu corpo é pó,

mas se na terra estive sempre só,

são impossíveis, versos de alegria.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 05/05/2012
Reeditado em 06/05/2012
Código do texto: T3650720
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