A Pororoca

Vem as águas subindo contra o rio,

Numa revolução desenfreada,

Comparado ao estouro da baiada

E a fúria da raposa em pleno cio.

Já se foi um bom tempo e o desafio

Persiste revirando na bairada,

Tombando tudo e a fauna atormentada

foge, causando dor e calafrio.

A minha pororoca é a saudade,

Chega pontualmente ao fim da tarde

E já estamos p'ra lá das cinco e meia.

Arregaçando vem meu coração,

Destruindo, tombando em turbilhão,

Com pontadas intrépidas na veia.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 08/05/2012
Reeditado em 26/12/2020
Código do texto: T3657100
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