Alguém me provocou

Alguém me provocou

Todo poeta tem que fazer um soneto

Mesmo que seja feito mastigado a alho

Ou de algo tiritado em versos amargos

Mordaz o pensamento de frases ao vento

Corrosivo poema crítico ou não certo?

Não é nada, é poesia, não é poemeto?

Não entenda o que é feio e o que é belo.

A essência não se toca se sente ao eterno...

Disse-me a um decassílabo eu não sei fazê-lo:

Tais catorze versos do papel vou rasga-los?

Não posso não podemos das águas conte-los

Por mais que sejam dez brancos ou doze pretos

Ou livres ou métricos a poesia há tê-los

Mesmo sem serem alexandrinos perfeitos.

Lúcio Mário
Enviado por Lúcio Mário em 08/05/2012
Código do texto: T3657474