Tu

Tu és o amor que nunca tive... sublime!

A dor que em meu peito fez morada,

O sabor da ventura inalcançada,

És o adusto calor que me redime.

Cruz de minha paixão crucificada,

Doce tormento, enlevo que comprime,

Pranto que o coração plangente exprime,

No fragor repetido da pancada.

Abundante luz és tu, que ilumina

As prolongadas noites de meus dias

E me aumenta ainda mais os dilemas.

Paradoxo constante que domina

Penetrando-me fundo na alma fria,

Na inspiração maior destes poemas.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 10/05/2012
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