Desencontro
Era noite de dezembro, não sei o ano,
Quando ela chegou ele já estava,
Enquanto a luz da lua lhes abençoava,
Tecia-se um terrível desengano.
Não lhes fora o destino nada lhano,
Ao tempo em que sorrisos propiciava,
Lentamente o futuro atrapalhava,
Na revelação de um desfecho insano.
Suas sombras unidas projetadas,
Sobre a branca parede do oitão,
Em constraste co'as almas separadas.
Nunca estiveram dois bons amantes,
Tão próximos e ao mesmo tempo tão
Sós, trilhando caminhos tão distantes.
Laranjeiras-SE., 15/01/2007