O Pé de Tamarindos.

Tinha em minha rua um tamarineiro,

(Quanto me doi o tempo verbal: tinha!),

Era debaixo dele que a tardinha

Contava-se o factoide derradeiro.

Belo, dava-nos fruto o ano inteiro,

Azedos de doer na passarinha!

Comíamos com sal e com farinha...

"Macho", caretas não fazia primeiro.

Mudou e não mudou a minha vida,

Mas para tornar menos crua a lida,

Luto co'a perspicácia dos felinos.

Para ser homem sem fazer caretas,

Tenho que desmanchar tantas mutretas

E engolir ainda azedos tamarinos.

Alagonhas-BA., 21/03/2012

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 19/05/2012
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