Cósmicas Cintilações

Contar, por entre sóis, Teu infinito

Na causa renascente da Beleza,

É como derrubar nossa certeza

Que torna o universo um ser-granito.

Após, alegremente, ouvir o grito

Ruflar-se no tecido da aspereza,

Dobrando e desdobrando a natureza

No pranto cosmogônico e aflito.

Pra ver titubear as energias

Fluindo num incenso azul dos dias

A hóstia costurada nas essências.

Que empresta o coração à coisa etérea,

Depois do Teu mergulho na matéria,

Ser prana transformando consciências.