Soneto “In Memoriam de um Guerreiro”

Para Lucia Constantino

Saudade, solta minha mão cansada,

estou febril de ausências no arrebol,

da vigília solar do girassol

fitando minha paz abandonada.

-Deus, que chuva chorando a madrugada.

Na noite em que não houve pôr-do-sol...

até as margaridas do lençol

parece que estão tontas de geada...

Por vez, a dor... Não há como contê-la...

Tu segues nesse trem para as estrelas

enquanto eu reinvento minha estrada.

No céu já há indícios de aurora

preciso continuar a vida agora,

-Saudade, solta minha mão cansada.