Sexto soneto (Liberdade)
Quanto já não vejo as cores do céu,
Acorrentado às terras frias cinzas,
Perdendo todas as minhas primícias,
Subjugado onde afinal sou réu
Aspiro, ainda que sob pressão
Das palavras ardidas de crueldade,
Tornando ali, monstros por rivalidade
Com aqueles de tão grande irmã opinião
Por aspirar ainda descontente,
Forte tornei este meu velho coração
A aprender a romper a tal corrente
Inquietude me faz bela asa,
Dando grandes forças à liberdade
De voar aos Sóis, a minha casa