Despedida
DESPEDIDA
Eu me dei
E nada recebi
Mas agora cansei
De remar sozinha
Meus braços já não são os mesmo
As forças fragilizaram-se
Já não abraço como dantes
Todos que a mim recorriam.
Preciso pensar em mim,
Um dia entenderas
Que ninguém nunca te amou como eu
Pois eu nada pedia
Só doava...
Ninguém vive de utopia
Dói...
Dói muito
Mas tenho que tirar-te por completo de minha vida
Já não quero amar sozinha
A solidão não me assusta
Pois às vezes ela é a melhor companhia,
Mas apregoam que neste universo
Caminhar de mãos dadas com alguém,
É melhor que caminhar sozinha.
Vi a ti como um enviado dos céus
Como o Arcanjo Miguel
Não que lutarias contra mim
Como lutastes contra Jacó
Nossa luta foi desumana,
Eu perdi,
Tudo isto é triste para mim em saber que amei sózinha
Lembras que fostes o homem mais amado
Só que agora já não posso mais te olhar
Como o homem que sonhei para minha vida
Meus olhos ficaram turvos de dor
Quero-te sim
Quero-te,
Mas como a coisa mais sublime
O amigo.
Viverei das promessas não cumpridas
Que ultrapassaram todos os limites
Amigos desapareciam
Nas redes desconectadas
E me desligavam de sua vida...
Como se eu fosse apenas,
Um nick virtual
Pois, para mim o virtual nunca existiu,
Eram sim, amigos reais.
Será isso amizade sincera!?
Um nick virtual!!?
Não creio, pois, por trás de cada nick,
Existe um ser real,
Que ama... Que amou em desidigual...
Eu preciso ser digna
E despedir-me em poemas,
Pois essência é tudo que expomos
Nos versos de uma poesia,
Não importando as palavras
Se de dor ou de alegria.
Desejo de todo coração que esses nicks sejam felizes
A dor pode ser grande
Ao tomar essa desci são
Serei forte,
E como um trator
Arrancarei pela raiz
Esta dor que me consome
E por sobre ela jogarei pétalas de rosas
Sepultando as últimas homenagens a esse amor louco!!!!
Pensarás ela é louca
Mas se meu amor foi loucura
Que seja louco meu amor
Bendita loucura que faz meu mundo mais ameno,
Pois é na dor que encontramos
Forças e sobrevivemos
Pois só nesses momentos a percebemos
E nos ensina que a vida não é só alegria
Momentos efêmeros de magia
Cuja dor ocupou os espaços
Do que seria eu e tu
Dois seres felizes para o sempre
Que Deus abençoou.
Adeus
Jaira.
Vila Velha, 29/05/2006.