Dor inevitável

De meu peito se esvai um grito rouco

Que clama por justiça e liberdade,

Que cobiça respeito e igualdade

Permitindo que eu viva um pouco solto.

De meu peito jorra uma ansiedade

Que me tortura, que me deixa louco,

Que espera que eu não seja um tarouco

E que me faz sofrer a eternidade...

É uma ânsia que extermina o ser,

Que não me deixa, um pouco, viver

E que somente espera a minha morte.

É uma dor que virou meu tormento,

A cada dia tornando-se mais forte,

Não me deixando em paz nenhum momento.