Terra de Poeta
Vindouro tempo de saudade pouca
Que molhar-me-á os pés à neutra lama
Exalta as odes desta velha voz rouca
Que clama por pecado, sono e cama
Traga a mim teus loucos, vamos à Arouca
Terra vasta tal um poema de pijama
Terra esplêndida de infelicidade pouca
Meu peito, chora, pede e pouco clama
Onde há sempre cordas e cinzéis
Posto meu lápis, deito meus pincéis
Onde há saudade ao peito remoído
Deito pena em verso já comido
Paro ao vento, penso sorridente
Vindouro tempo, já chega, sou temente.
Lord Brainron