Às Árvores

Belas e velhas árvores... árvores belas,

Que nos alegram a vista e os nobres sentimentos,

Protege-nos as sobras contra os pigmentos,

Abrasados do sol e da ira das procelas.

Elas foram tombadas, foram todas elas,

Devastadas na gana dos desmatamentos,

Do progresso bravio e em prol dos tormentos,

Engendrados por nossas infindas mazelas.

Rápido, desmanchemos tudo já, decerto

O futuro será lúcido, sem capuz

E com muitas indústrias e boa visão.

Faça-se aqui um monstro e maciço deserto,

Talvez nos sobre lenhas pra fazer a cruz

E ainda quatro tábuas para um caixão.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 08/06/2012
Reeditado em 28/10/2014
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