Desejar a tua presença
Sentir a tua descrença
Tão longe de mim, assim
Eis, o inexorável, fim!
Ao desejar-te alcei esperança
Num arrebol Querubim...
Eu que, guardei-a, em mim;
Mesmo na solidão que rechaça!
Ora, insone a esperar-te...
O tênue e sequioso abraço,
Nas noites solitárias sem fim!
Onde, um dia, pintei escarlate
Um céu virtuoso numa taça,
De vinho tinto, ao sorver, até o fim!