Poema para o "Lago dos Cisnes" de Tchaikovsky
Há algo em minha alma de poeta,
quiçá uma lembrança doutra era,
que rosna, qual o brado da pantera
quando procura a caça predileta.
Algo que brame em mim como uma fera,
que se perdeu no meio da caçada
e, que, por um segundo, quase nada,
não viu a flor se abrir na primavera.
Há algo em minha alma de humano,
que fala ao meu ouvido: "Herculano,
acorda que Tchaikovsky nasceu.
Algo que sopra em mim como assobio
e faz meu poetar entrar no cio,
como se fosse a lira de Orfeu.
Algo que inebria o próprio Eu
e deixa a poesia por um fio.
Há algo em minha alma de poeta,
quiçá uma lembrança doutra era,
que rosna, qual o brado da pantera
quando procura a caça predileta.
Algo que brame em mim como uma fera,
que se perdeu no meio da caçada
e, que, por um segundo, quase nada,
não viu a flor se abrir na primavera.
Há algo em minha alma de humano,
que fala ao meu ouvido: "Herculano,
acorda que Tchaikovsky nasceu.
Algo que sopra em mim como assobio
e faz meu poetar entrar no cio,
como se fosse a lira de Orfeu.
Algo que inebria o próprio Eu
e deixa a poesia por um fio.