Helena

Escravos do passado somos nós,

A impingir-nos desgraças sobre os ombros,

E ainda que recorrendo a outros quilombos,

As grilhetas nos prende à sorte atroz.

É-nos difícil ter alguém a sós,

P'ra não escutar do ánimo os tombos,

O que nos mostra os sonhos em escombros,

Fruto exclusivo do abantesma algoz.

É impossível esquecer nosso passado

E não importa estarmos magoados

Pelos desmandos torpes que passamos.

Vendo melhor, convém nos divertirmos

Nos parques, jardins, praças a sorrirmos

Da ventura que nós não alcançamos.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 26/06/2012
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