EFÊMERA VIDA

Num turbilhão de dias, o tempo passa

E vai deixando marcas em nosso rosto;

Algumas mais profundas de desgosto

Dos dias que vivemos tão sem graça;

O corpo, então, vai perdendo o gosto

Da força, servida em tão doce taça,

Na juventude que, tal como a fumaça,

Se foi, deixando somente o oposto...

A alma que, do corpo era tal chama,

Agora, dele somente reclama,

Não suportando mais seus enredos;

Tudo se esvai na brisa passageira...

E a vida, de repente e sorrateira,

Se escoa pelos vãos dos nossos dedos.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 28/06/2012
Reeditado em 28/06/2012
Código do texto: T3749679
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