CONVERSA AO CORAÇÃO...
Silencia-te coração, ela não conhece tua fala ou escrita,
Tu Bombeias em vão esses vermelhos ramos e brotos,
Trazendo-me ao rosto uma face que ao espelho critica,
Retrucando a mim mesmo de ida aos gestos dos loucos.
Ela não ouvirá em meu peito as tuas dolorosas batidas,
Não levarás até ela todo teu clamor do vinho rastro a ruir,
Por mais que demonstres tua fraqueza por aquela partida,
Pois, mesmo eu por vezes não quero os teus gritos ouvir.
Contenta-te com o limpar de todo o meu velho sangue,
Em renovar minhas veias, retirando de mim a dor infame,
Ou entrega-te de vez ao silêncio da dor morrer em vida.
Da latente falta de essência que não apraz o corpo imante,
Que vagueia sem formas em fel e véu mais que constantes,
Mesmo tendo vivido o mais lindo dos sentimentos um dia.