MORTE CERTA



Será a morte uma coisa descabida?
Ou talvez uma ironia da sorte...
Seria simplesmente o fim da vida
Ou decerto um pesadelo, um corte?

Não seria uma coisa desejada
Pois que ceifa mil desejos e sonhos
Qual megera, ou mãe desnaturada
Que arrasta filhos loucos, tristonhos

Mas que monstro será esse, insensível
Que o medo e o desespero desperta
Em quem vê que sua presença é certa?

Evitar sua visita é impossível
Mas, se sofres, será o fim do tédio
Será enfim, o teu Santo Remédio!

Eliana Calixto