imagem: Google

 
O soneto RASO, é uma interação ao genial
soneto AO RÉS DO CHÃO, do meu talentosíssimo amigo LUIZ MORAES, que aqui transcrevo para que possamos nos deliciar uma vez mais com as letras deste magistral poeta.
---------------------------------------------------

AO RÉS DO CHÃO
 
Quando cheguei morrendo de saudade
Qual foi munha surpresa; não a vi.
Talvez por brincadeira deu vontade
De dar um susto em mim, mas eu não cri...
 
Chamei seu nome em vão, senti metade,
Não tinha ali ninguém; como eu sofri!
Ruiu castelo de felicidade,
Desde essa hora então eu me morri.
 
Nenhum bilhete ou coisa parecida
Deixou pra amenizar total tristura,
Destilo a dor em lágrima incontida.
 
Minando a minha mente u'a vil fissura
Distorce mais e mais a minha vida,
Desci ao rés do chão... Virou loucura!

Luiz Moraes

-----------------------------------------------------------------

RASO
 
Entrei em nossa casa, emocionado,
Tremendo de saudade dos seus beijos,
Tomado por mil ardores de desejo...
Mas vil surpresa: Não a vi ao meu lado!
 
Parei no meio da sala, transtornado,
Veio-me ao peito sentimento malfazejo,
Felicidade foi-se embora num adejo...
Ruiu castelo! Desabou sonho encantado!
 
Nenhuma carta ou bilhete de despedida,
Somente um cheiro de tristura impregnado
Sugando do peito meu qualquer esperança...
 
Penosa dança se tornou minha pouca vida,
Ao rés do chão vai meu coração, dilacerado,
Onde tão somente a dor da loucura me alcança...

Aleki Zalex

 
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 01/07/2012
Reeditado em 02/07/2012
Código do texto: T3754799
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.