Eu digo apenas...

Se, hoje, o pranto de teus olhos rola.

Sabes bem que a culpa não é minha.

Pois no passado, foste tão mesquinha,

Por isso que não tens quem te consola.

Dentro de ti, a solidão te esfola

E, te corroe tal qual erva daninha.

Te machuca, te suga, te espinha;

Impregnaram-se em ti feito cola.

Jamais condene alguém por teu fracasso,

Foste tu, que plantaste teu destino:

Puseste em teu pescoço este laço

Que, lentamente enforca tua vida,

Pondo todo teu juizo em desatino,

Eu digo apenas: que pena, querida!...

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 04/07/2012
Código do texto: T3759507
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