Incertezas

Assim sempre sonhando eu de coração aberto,

eterno era meu tempo gasto e nada eu tinha.

Procurando teu muito desprezado afeto,

estando sempre morto em má lembrança minha.

Este é um hábito tresloucado, louco e incerto,

mas certamente teu coração a mim não vinha

muito cedo foi o grande amor que aqui continha,

deixando para mim um terrível decreto.

Agora vivendo estou em um bálsamo escuro.

Sofrível, solitário, andando em vagareza

sem saber ao menos do meu triste futuro.

Hoje meus olhos não se entregam a beleza,

porque cada vez que sinto-me tão seguro,

o meu coração me mostra tanta incerteza.

Carlos Eduardo de Sousa
Enviado por Carlos Eduardo de Sousa em 10/02/2007
Reeditado em 10/06/2022
Código do texto: T376183
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