À MINHA ESPOSA

As mulheres que amei – à vida inteira –

Foram mimosas flores do destino

Nas quais pousei meus olhos de menino

E a quem doei minha velhice obreira.

Para elas fiz a rima verdadeira

E as reguei com o orvalho mais divino.

Hoje, já mortas, ao prangear do sino!

Só uma restou, Amiga e verdadeira!

Uma flor de esperança e de saudade

Que há de me acompanhar à eternidade

Tal qual o símbolo do amor perfeito.

Essa sim, eu adoro até agora

E, se às vezes minh’alma triste chora,

Consolo-me apertando-a contra o peito.

Março de 2002 Lucas