Natal de Menino Pobre.

Em menino passava as horas a sonhar,

Numa inquietude monstro e elevado tormento,

P'ra esquecer ilusões idas e os sofrimentos,

De natais passados sem nada ganhar.

O carrinho, a corneta e a bola p'ra jogar,

Bailavam com frequência em meu pensamento,

Na demorada espera de a qualquer momento,

Olhar o "Bom Velhinho" no meu quarto entrar.

Quando passos na estreita rua escutava,

De forma lenta os olhos pequenos fechava

E que estava dormindo quieto fingia.

Entretanto cessava o barulho em seguida,

E eu ficava esperando firme toda a vida,

Por um Papai Noel que nunca chegaria.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 15/07/2012
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