A FELICIDADE DOS OUTROS
No decorrer do tempo pela vida
Tenho visto a felicidade dos outros
A correr pelos prados como potros
E de tanta alegria revestida!
E eu, com a minha solidão, solto
A tecer amarguras mil vividas
Vou curtindo a experiência renhida
De, no amor, ser um homem indouto!
vou sentindo por dentro... Ora veja!
Uma ponta (in)significante de inveja
Que nem a mim, nem a ninguém cabe.
Mas, quem sabe, se um belo dia, enfim
Eu possa ter também alguém pra mim
E esta solidão toda se acabe.