A FELICIDADE DOS OUTROS

No decorrer do tempo pela vida

Tenho visto a felicidade dos outros

A correr pelos prados como potros

E de tanta alegria revestida!

E eu, com a minha solidão, solto

A tecer amarguras mil vividas

Vou curtindo a experiência renhida

De, no amor, ser um homem indouto!

vou sentindo por dentro... Ora veja!

Uma ponta (in)significante de inveja

Que nem a mim, nem a ninguém cabe.

Mas, quem sabe, se um belo dia, enfim

Eu possa ter também alguém pra mim

E esta solidão toda se acabe.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 15/07/2012
Reeditado em 21/07/2012
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