Apenas sou

Sou devorada por essa dor pulsante

Sou pisoteada nesse caminho errante

Sou a duvida e o desespero ardente

Chicoteando a face e vertendo o pranto

Sou o sorriso torto do bêbado cambaleante

E sou também suas quedas constantes

Formando ferida aberta sem unguento e sem corantes

Passando pela vida sempre nauseante

Sou a folha seca numa arvore inútil

Pétalas duma flor sem perfume

E o choro da solidão, ciume

E sendo devorada se consome

A flor inútil , queda e pranto

Ferida aberta , queixume

Cris Victor
Enviado por Cris Victor em 18/07/2012
Reeditado em 02/02/2016
Código do texto: T3784975
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