ETERNAMENTE

Cortado o peito que na dor se acaba,

E lavado por lágrimas sentidas,

Procuro curar as minhas feridas,

Da difícil saudade que desaba!

Do amor inseparável prometido,

Que nesta tua morte me enterrasse,

Eu pediria ao tempo que voltasse,

E antes então - ter eu de ti partido!

Não só por Deus eu vivo, pois aceito;

Mas, nada mais tem nesta vida - a graça,

Que era o teu corpo e o teu sorriso belo.

Aqui eu fiquei cadáver não desfeito,

Mas, nunca escondo na face - a desgraça,

Que eternamente desta morte eu velo!

Setedados
Enviado por Setedados em 19/07/2012
Reeditado em 20/07/2012
Código do texto: T3785759
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