Soneto 254: Calo-me (Canto II)

Calo-me diante do bêbado da esquina,

Pedinte, já querendo tomar uma aguardente!

Calo-me ao ver a dor daquela menina,

Prostituindo-se no meio daquela gente!

Calo-me diante de árvores derrubadas,

Sem ver verdes arbustos, nem lindas paisagens!

Calo-me ao ver tantas crianças maltratadas,

Sofrendo tais abusos e abordagens

Calo-me diante dos roubos, corrupção...

Sem dizer um não, ou um simples basta...

Sem dizer nada para tal lei que devasta!

Você, eu e toda essa gente,

Gente que ignora, esquece e até mente...

Fingindo então que nada sente!

© SOL Figueiredo

13/07/2012 – às 15:25h

SOL Figueiredo
Enviado por SOL Figueiredo em 19/07/2012
Reeditado em 20/07/2012
Código do texto: T3787137
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