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Meus Tristes Ais...
Por tanto estar acostumado aos teus olhos,
Quase morri quando acordei e não os vi,
Estava em nosso leito cheio de abrolhos
A lembrarem-me de tu’ausência ali.
Por estar demais saudoso de teus carinhos,
Sofre minh’alma a dor de não tê-los aqui,
Sou ave que não pousa em outro ninho
Que não aquele que eu construí.
Mas não serei refém d’uma lembrança,
Nem rogarei teu retorno ou tua visita,
Prefiro mesmo que não venhas mais...
Pois me resta ainda a última esperança,
Que essa dor um dia não mais insista,
E eu me liberte dos meus tristes ais...