Miséria.

Eu triste vi guris comendo barro,

Retirados da parte de um talude,

Escavando o barranco de um açude,

Daquela argila "gray" de fazer jarro.

Cheias de verminoses e catarro,

Vítimas da miséria feia e rude,

Amarelada tez, suja de grude,

De um fluxo espectorado em cada escarro.

A miséria faz frente em cada esquina,

Quais irresponsáveis por tal sina,

Que leva nossa gente à míngua sorte?

Esta é uma batalha já perdida...

Crianças aqui comem barro em vida

E o barro as comerão também na morte.

Alagoinhas-BA., 20/07/2012

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 29/07/2012
Reeditado em 07/10/2014
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