Atos de Escrita

De nariz erguido, sequencio a sagacidade; abrindo mão da petulância

Bendito é o fruto, das palavras, que me saem aos borbotões

Nelas presto reverência, aos queridos sempre em primeira instância

Sem me furtar a gritar os absurdos; sem limitar-me aos meus botões

Eis que o nobre sentimento, galopa nas estepes verdejantes do lirismo

Assim vou, na resolução do viver; priorizando sempre o valor do sentir

Pois, quem não percebe a união do luminoso; padece do astigmatismo

Fica fadado, ao decrépito transbordo, perde a passagem, só vê o partir

Tudo que é celeste, não sublima o que nos é pleno em grandeza

Compõe formosa tapeçaria, etéreo veludo, que expele a aspereza

Lei orgânica, que rege as percepções, é o estatuto de todo o poeta

Escrivaninha de um escriba, é a superfície, o intangível é a mente

Que projeta os áureos tons, banalizando o que é excludente

Findo assim, esse ato vernáculo persecutório, que lindamente me afeta

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 31/07/2012
Reeditado em 01/08/2012
Código do texto: T3806969
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